A Latam Airlines, companhia aérea resultante da fusão entre a chilena LAN e a brasileira TAM, que oportunamente tivemos oportunidade de anunciar, está mais próxima que nunca. Agora que a Comissão Nacional para a Concorrência Espanhola deu por terminado o processo de aprovação, necessário à operação no continente europeu, não parecem existir obstáculos para que o processo de fusão se possa concluir durante o primeiro trimestre de 2012.

Além da aprovação agora obtida junto das autoridades espanholas, também as entidades anti-monopólio Italiana e Alemã já se tinham pronunciado favoravelmente à união das duas companhias sul americanas.

Desde que o processo de fusão para a Latam Airlines foi formalizado e publicamente anunciado, tudo parece correr de feição aquela que virá a ser a maior companhia aérea sul-americana. Até ao momento, apenas o Tribunal Chileno de Defesa da Livre Concorrência exigiu algumas medidas de forma a minimizar o efeito da concentração perante a livre concorrência entre operadores aéreos.

Em contrapartida, as várias autoridades brasileiras que já se pronunciaram, designadamente, a ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil, a Secretaria de Acompanhamento Económico e a Secretaria de Direito Económico, não levantaram quaisquer restrições ou imposições de medidas compensatórias. Para o processo ficar totalmente concluído, fica apenas a faltar a aprovação do Conselho de Defesa Económica – órgão anti-monopólios brasileiro –, que deverá dar o seu parecer dentro de dias.

A nova companhia aérea irá resultar num novo colosso da aviação civil, onde ocupará o 11º lugar do ranking mundial em termos de tráfego, com um número aproximado de 46 milhões de passageiros transportados para 155 destinos e uma receita anual estimada em 6 mil milhões de euros.

Com o processo de fusão quase concluído, é natural que a Latam Airlines siga agora mais de perto o caminho a definir pelo governo português para a privatização da TAP. Embora os responsáveis da Latam Airlines nunca tenham vindo a público formalizar qualquer interesse na operação de privatização, aos poucos tem sido reconhecido que uma tomada de posição na companhia de bandeira nacional, poderia maximizar a operação dos seus voos no atlântico sul e estender o seu domínio na Europa.