No âmbito do processo de privatização da companhia aérea de bandeira nacional, os pilotos da TAP vieram a público alegar que já contribuíram para os cofres da empresa com cerca de 400 milhões de euros, desde que em 1999 foi assinado o acordo de empresa.

No dito acordo, assinado com o governo de então após um longo conflito laboral, existirá uma cláusula que garante aos pilotos da TAP uma participação que, além de lhes dar acesso a um lugar no conselho de administração, pode atingir os 20 por cento do capital da empresa. Os pilotos da TAP consideram que o montante entretanto revertido a favor da companhia aérea, deve agora ser assumido com investimento e ser convertido na percentagem de capital a que têm direito.

Sem se conhecerem ainda os pormenores do processo de privatização que o governo português se comprometeu a concluir até final do próximo ano, o braço-de-ferro agora levantado por parte dos pilotos, não parece em nada contribuir para um desfecho muito risonho da situação aflitiva das finanças da TAP.

Embora o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) tenha decidido, em assembleia-geral, a realização de uma greve de oito dias para Dezembro e Janeiro, até agora, os pilotos da TAP não avançaram oficialmente com qualquer pré-aviso para a dita greve.