Ser conhecedor da numeração árabe, na grafia utilizada nos países onde se fala a língua, além de não representar uma grande exigência na sua aprendizagem, pode ser extremamente importante para a sua movimentação no terreno ou até na prévia negociação do preço para um produto ou serviço.
Historicamente, a numeração árabe foi criada e desenvolvida pela Civilização do Vale do Indu – região onde actualmente se encontra o Paquistão –, tendo sido trazida para o Mundo Ocidental durante a Idade Média. Embora anteriormente já existissem referências a este sistema numérico na Europa, nomeadamente no Codex Vigilanus do ano 976, a grande transformação chega no século XII, com as traduções para o latim do “livro do cálculo algébrico e confrontação”, sobre os numerais indianos, escrito pelo matemático e astrónomo persa al-Khwarizmi. Este facto acaba por representar, não só uma mudança de paradigma, como a principal apresentação da notação posicional decimal no Ocidente.
A língua árabe, actualmente falada por mais de 280 milhões de pessoas, é o idioma oficial de 22 países que se estendem do Norte de África ao Médio Oriente. A sua grafia, além de representar alguma complexidade, é conhecida por se registar da direita para a esquerda. Contudo, a numeração tem exactamente o mesmo peso, mecânica e lógica com que estamos habituados a trabalhar, ou seja, é escrita da esquerda para a direita e tem uma equivalência directa com os algarismos utilizados nas línguas ocidentais.
Assim, antes de viajar para qualquer um destes países, gaste um pouco do seu tempo para memorizar os caracteres que compõem a numeração árabe. Verá que o resultado, além de profícuo para a sua viagem, simplificará o seu dia-a-dia em situações, tais como: identificar um comboio ou autocarro; saber os preços assinalados nos mercados; encontrar a entrada para um qualquer edifício; não ficar surpreendido com a conta final de um restaurante; ou poder escrever as suas propostas de preço para a compra de um produto.
A equivalência entre numeração árabe e a ocidental pode ser visualizada na imagem acima.
A leitura ou escrita correspondente às dezenas, centenas ou milhares, resulta da agregação dos símbolos indicados e segue as regras com que estamos habituados a lidar.
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