O Conselho de Ministros realizado esta manhã decidiu não alienar a TAP, pelo menos para já, ao empresário Germán Efromovich. O investidor colombo-brasileiro (e desde há alguns dias também polaco) terá apresentado uma oferta ligeiramente superior aos 1500 milhões de euros, onde se propunha liquidar a divida da companhia aérea de bandeira nacional, que já supera os 1000 milhões de euros, bem como injectar o montante necessário à recapitalização da empresa, cujos capitais próprios já atingem cerca de 400 milhões de euros negativos. Feitas as contas, o estado português não iria encaixar mais de 35 milhões de euros, valor que segundo parece está também aquém do desejável.

Apesar do chumbo da venda da TAP, o executivo mantém a intenção de prosseguir com a privatização. Segundo as declarações conjuntas dos secretários de Estado Maria Luís Albuquerque e Sérgio Monteiro, neste momento estão reunidas as condições para que a companhia aérea continue a operar dentro de alguma normalidade, pelo que caberá ao Governo redefinir a estratégia, face às condições de mercado do momento, para avançar oportunamente com um novo processo de privatização.

Maria Luís Albuquerque, secretária de Estado do Tesouro, sublinhou ainda que do ponto de vista estratégico a proposta de Germán Efromovich é interessante, mas as garantias financeiras não estavam totalmente asseguradas, tal como era exigido no caderno de encargos. Aliás, parte da decisão em não avançar com a privatização está precisamente relacionada com a falta da apresentação de algumas garantias bancárias por parte do empresário colombo-brasileiro.