Entretanto, a Estônia vai muito além de Tallin, se você dispõe de mais alguns dias vale se aventurar pelo interior do país, são muitos os destinos possíveis, um deles é o Parque Nacional de Lahemaa, a oeste da capital, este é o maior parque do país e atrai muitos turistas e ciclistas. Outra alternativa são as diversas ilhas do país, a maior delas é Saarema, sua principal cidade Kuresaare, está a três horas de ônibus da capital. Lá você encontrará boas acomodações, assim como boas opções de restaurantes e supermercados. A cidade, além de um enorme e muito bem conservado castelo – com direito a fosso inundado – é também uma boa base para explorar o restante da ilha. Como todo o país é uma grande planície, as ciclo rotas são uma excelente maneira de conhecer os campos, as praias e as belíssimas paisagens que essa região quase despovoada do país proporciona aos visitantes.

Com um ou dois dias na ilha você pode conhecer suas florestas desertas – se der sorte cruzará com alguns animais silvestres como raposas e veados – seus moinhos de vento, as enormes praias, os vilarejos aconchegantes e o mais encantador, o silêncio, a imensidão vazia. Pedalar pelo interior da Estônia é uma experiência que faz você repensar a vida na cidade. Não é preciso dizer que tudo isso deve ser feito de preferência no verão quando os dias são extremamente longos, com quase 24hs de luminosidade e as temperaturas mais amenas.  Entretanto, é possível imaginar o que sejam essas paisagens cobertas de neve. Ainda na Estônia em seu litoral sul está Parnu, o mais famoso balneário do país. A cidade é conhecida como “a Copacabana da Estônia”. E é para lá que boa parte dos habitantes do país e também da Rússia vão para desfrutar os longos dias de verão.  A pequena e charmosa cidade a beira do mar Báltico é um bom ponto de parada se você está em direção a Letônia.

ponte de madeira na ilha de saarema
Ilha de Saarema.
praia na baia em parnu, mar báltico
Praia em Parnu.

Saindo de Parnu em poucas horas você chega a Riga, capital da Letônia. Fundada em 1201, é a maior das cidades dos três Estados bálticos, com uma população de 730 mil habitantes. Nela está a Estátua da Liberdade de Riga, que com 43 metros de altura é um dos monumentos mais altos da Europa. Ao chegar na cidade logo se percebe que a realidade é outra, o aspecto escandinavo da Estônia ficou para trás e o que se vê é um país muito mais próximo da Rússia ou Polônia. Conforme o ônibus vai se aproximando do centro é possível notar diversos bairros com os famosos conjuntos habitacionais soviéticos, grandes antenas de telecomunicações, e ao chegar na estação de ônibus do outro lado da rua está um mercado de alimentos, que um dia foram grandes galpões que serviam de garagem para os dirigíveis soviéticos. O pequeno centro histórico também se destaca pelo charme e preservação de seus principais edifícios. Vale a pena subir nas torres das igrejas (algumas vezes pagas) para excelentes vistas e também para ter uma ideia da dimensão da cidade. No verão são inúmeros os festivais de arte, música e folclore que tomam as ruas e tornam o ambiente ainda mais agradável. Sem dúvidas caminhar pela cidade é a melhor opção para conhecer seus meandros e seus deliciosos jardins cortados por canais e rios. Riga, conta com uma agitada vida noturna que vai desde sofisticados restaurantes, passando por animadas discotecas e inúmeros bares e pubs.

Saindo um pouco da capital em direção ao interior um ótimo destino é Sigulda, a pouco mais de uma hora de trem ou ônibus de Riga, a cidade é um ótimo ponto de partida para explorar o Parque Nacional de Gaujas. A pequena cidade conta com boas opções de acomodação, principalmente com ótimos campings que oferecem aluguel de barracas e uma excelente estrutura de banheiro e cozinha. Em Sigulda também é possível alugar caiaques e remar pelo rio Gaujas, sem dúvidas uma experiência sem igual. As águas tranquilas e refrescantes do rio tornam o passeio especial. Em meio a densa floresta é possível avistar castelos medievais e lindas vistas. Além disso, o parque conta com diversas praias na beira do rio, que ajudam a tornar a aventura mais relaxante. Também é possível explorar o parque de bicicleta, com alguma disposição é possível sair de Sigulda e chegar a Cesis, a maior cidade da região, são cerca de 40km de distância. Em meio a isso tudo será normal cruzar com alguma raposa. Aqueles com mais coragem podem se aventurar em uma descida de Bobsled na mais importante pista de gelo do leste-europeu. Por conta de sua geografia acidentada, Sigulda conta com a principal pista da região, construída durante a ocupação soviética, hoje ela é utilizada pela seleção nacional (alguns dos grandes nomes da equipe letônia de bobsled são naturais da cidade) e também pela equipe russa, que não tem uma estrutura equivalente no seu território. A pista é aberta a visitação e quem quiser, pode, pagando um pouco mais descer em um trenó.

rua ladeada de árvores em vilnius
Avenida em Vilnius, Lituânia.
castelo de trakai na lituânia
Castelo de Trakai.