Tiago Salazar

Sobre o Autor Tiago Salazar

Tiago Salazar nasceu em Lisboa, em 1972. Formou-se em Relações Internacionais e estudou Guionismo e Dramaturgia em Londres. É doutorando em Turismo no Instituto de Geografia e Ordenamento do Território onde prepara uma tese sobre A Volta ao Mundo de Ferreira de Castro. Trabalha como jornalista desde 1991, actualmente como freelancer. Venceu o prémio Jovem Repórter do Centro Nacional de Cultura, em 1995. É formador de Escrita e Literatura de Viagens. Idealizou, escreveu e apresentou o programa Endereço Desconhecido, da RTP2. Foi Bolseiro da Fundação Luso Americana em Washington, em 2010. Enquanto autor publicou: Viagens Sentimentais (2007), A Casa do Mundo (2008), As Rotas do Sonho (2010), Endereço Desconhecido (2011), Crónica da Selva (2014), Hei-de Amar-te Mais (2013), O Baú Contador de Histórias (2014) e Quo Vadis, Salazar? Escritos do Exílio (2015).

aparência de uma tradicional aldeia himba na Namíbia
Crónicas de Viagem

Entre o povo ocre

“A colonização tem por objectivo enriquecer o nosso povo, sem escrúpulos e com decisão, à custa de outros povos mais fracos.” A frase-bandeira da Deustche Ostafrikanische Gesellshaft (Companhia da África Oriental Alemã) é de Carl Peters, o pai fundador do colonialismo alemão, e terá sido bichanada a Félix Behr-Baudelin, camareiro do ‘kaiser’ Guilherme I, durante uma partida de bilhar, no …

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estrada no parque namib-naukluft na Namíbia
Crónicas de Viagem

Uma noite na Namíbia

De quem são hoje estes domínios? Dos Himbas, dos Hereros, dos velhos kaisers e nazis disfarçados de paisanos biológicos, dos oligarcas de Joanesburgo, terra de serpentes e de lacraus, “terra de ninguém” porfia Klaus, o juiz de Nuremberga. Estamos nas terras sagradas do povo San, um dos legatários da herança namibiana, o povo guerreiro das planícies de Spitzkoppe, de quem …

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Catedral de Santiago em Manágua
Crónicas de Viagem

Debaixo dos vulcões

Os desafortunados que chegam por Manágua deparam-se com o insólito, como se a sucessão de tragédias (terramotos, revoluções de fachada, nepotismos…) tivessem entorpecido as vontades. O centro de Manágua, outrora um exemplo de arquitectura colonial, não existe. Destruída por um terramoto em 1972, a cidade assim se manteve as últimas décadas, com a maior parte dos despojos convertidos em atracção …

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Nuvens carregadas cobrindo o céu de Fernando de Noronha no Brasil
Crónicas de Viagem

A ilha do tesão

Na vida, no amor e nas viagens – dizem os bruxos, os sábios e as mães avisadas -, há sempre o “the one and only”, à americana de Tennesse Williams, ou o lugar em que se pega “o bonde chamado desire”, à brasileira de Nelsinho Motta. É coisa rara isso do amor-lugar-pessoa-perfeitos, tão raro como um homem se evolar pelos …

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pastora com vacas numa estrada de montemuro
Crónicas de Viagem

Pela estrada fora

O anfitrião da Invicta diz com ênfase profético: “Se o pão-de-ló tem pito vale todos os sacrifícios”. Ter “pito” é ter mão na colher e dar glória à gemada. Ou seja, é caso para vir de Lagos a Ovar (ou Espinho e Esmoriz) provar o néctar de uma guarnição de ovos. Carlos Romero, tripeiro e devoto de Cápua, garante que nem …

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paraíso em praia no mar de Andaman
Crónicas de Viagem

Uma assoalhada no Paraíso

Na véspera de partir à Malásia chamaram-me todos os nomes, “paioso”, “sortudo”… como se aquilo que me esperava fosse o maior paraíso da terra. Tenho para mim que porem-nos uma coisa nos píncaros antes de lhe tirarmos o boneco é uma lotaria. Na hora de fazer o relato ou nos sai um “então isto é que é a grande coisa?!?” …

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ruinas em Machu Picchu
Crónicas de Viagem

O muchacho de Machu Picchu

Tudo está feito para o drama, até a atracção do abismo, quando o “bus” ameaça resvalar sobre o imenso vale. Então, o vento fica suspenso nos ciprestes e a chusma de turistas encavalitados desata num coro de gritinhos, que os deuses incas os socorram, e não bula nem mais uma palhinha para o “bus” não tombar da escarpa fatal. Imploro …

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