A vila de El Chalten, fundada em 1985, situa-se na Patagónia Argentina, na extremidade Sul do subcontinente sul-americano. O intuito da sua criação visa reforçar a definição fronteiriça entre a Argentina e o Chile, numa região onde as fronteiras entre os dois países não se encontram ainda totalmente definidas. É pois, fundamentalmente, uma povoação de fronteira.

A vila vive exclusivamente do turismo, em especial durante a época Primavera / Verão do hemisfério Sul, ou seja, entre os meses de Outubro a Março, ficando praticamente deserta durante a restante parte do ano.

No sopé do famoso Monte Fitz Roy (uma das 3 montanhas mais bonitas do mundo), cujo nome nativo (El Chalten) serve de nome à povoação, a vila é também uma porta de entrada para o Parque Nacional de Los Glaciares e local privilegiado de acesso ao referido monte (cujo cume, em dias claros, pode observar-se da rua principal).

Capital argentina do trekking e da escalada, durante a sua época alta, a vila é habitada por um grande número de praticantes destas actividades, que aqui se preparam para percorrer os muitos trilhos da região, ou para escalar muitas das fantásticas a avassaladoras paredes de rocha das montanhas circundantes. Em particular, no que diz respeito à escalada, podemos observar em El Chalten uma particular subcultura ligada a esta actividade, formada por jovens que vivem quase em exclusivo para a sua prática, trabalhando em outras actividades apenas para financiarem a sua paixão por este desporto.

A malha urbana de El Chalten é fundamentalmente constituída por edifícios baixos, construídos com os mais diversos tipos de materiais desperdiçados de outras aplicações; apresenta ruas largas, não pavimentadas e fracamente iluminadas; e é habitada por pessoas especiais em termos de gosto pela liberdade. Em sensações únicas que só a natureza consegue proporcionar, El Chalten transmite uma mística muito própria que convida à auto-reflexão sobre os aspectos fundamentais da vida, ao mesmo tempo que nos transporta para outros tempos, mais calmos e contemplativos.

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